sábado, 26 de novembro de 2011

Estender a Mão



Estender a Mão

“Pedro e João subiam ao templo para a oração da hora nona. Era levado um homem, coxo de nascença, o qual punham diariamente à porta do templo chamada Formosa, para pedir esmola aos que entravam. Vendo ele a Pedro e João, que iam entrar no templo, implorava que lhe dessem uma esmola. Pedro, fitando-o, juntamente com João, disse: Olha para nós. Ele os olhava atentamente, esperando receber alguma coisa. Pedro, porém, lhe disse: Não possuo nem prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou: em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, anda! E, tomando-o pela mão direita, o levantou; imediatamente, os seus pés e tornozelos se firmaram; de um salto se pôs em pé, passou a andar e entrou com eles no templo, saltando e louvando a Deus. Viu-o todo o povo a andar e a louvar a Deus, e reconheceram ser ele o mesmo que esmolava, assentado à Porta Formosa do templo; e se encheram de admiração e assombro por isso que lhe acontecera”. (Atos 3: 1- 10)

Todos nós que nos dispomos a fazer a Maravilhosa Obra do Senhor nos deparamos, às vezes, com situações adversas, que necessitam uma ação emergente, ousada e inteligente de nossa parte. Pedro e João, como de costume, subiam ao templo para orar às três horas da tarde. Lá havia muitas pessoas, como também muitas pessoas do lado de fora do templo, transitando pra lá e pra cá, num quotidiano agitado do primeiro século da era cristã. Muitas pessoas levavam ali, na porta do templo, os aleijados, coxos, cegos e muitos outros desafortunados para receberem esmolas das pessoas que se compadeciam daquela situação em que estavam.

Pedro e João estavam acostumados a passar por ali todos os dias, e a ver aquelas pessoas todos os dias. Mas aquele dia não era um dia como os outros... Era um dia especial. Naquela tarde o Espírito Santo de Deus ordenou que parassem e ouvissem a petição daquele homem: “Por misericórdia! Dê-me uma esmola”. A situação exigia uma ação emergente. Aquele homem precisava muito mais do que uma esmola, ele precisava de uma vida renovada, curada, transformada pelo poder do Senhor, e aquilo não podia ser pra depois, tinha que ser naquela hora. Pedro então pede pra ele olhar fixamente nos seus olhos. O homem fita-os com atenção esperando receber algo.

Quantas são as pessoas ao seu redor, que estão esperando receber algo de você? Sedentos por uma palavra de consolo, por um sorriso. Pedro percebeu a existência de um problema ali muito maior do que o aleijado queria resolver. O aleijado queria apenas algumas moedas, mas Pedro queria lhe devolver a vida! Quantas pessoas ao seu redor estão em busca de migalhas espirituais, mas você pode lhes devolver a vida!

Então Pedro, cheio do Poder e da Autoridade do Espírito Santo de Deus, lhe disse: “Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho te dou: Em Nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta e anda!”.

A cura foi operada instantaneamente, pelo poder do Senhor. Não se fizeram necessários adereços econômico-sociais para operar este milagre, como ofertas pré-definidas para obter uma cura. Pedro não possuía nada. Não tinha prata, nem ouro. Aquela situação poderia ser uma ótima oportunidade para recolher uma generosa oferta, daquele e das demais pessoas que viram o fato acontecer. Quanto você pagaria por uma cura total da sua doença? Mas não! O apóstolo, movido pelo Espírito Santo e pela seriedade e honestidade espiritual que cerca os servos do Senhor, operou ali a cura instantânea daquele homem, sem lhe pedir nada, sem precisar materializar a fé, como muitos pregam. O próprio Senhor Jesus, quando instruiu os seus discípulos, lhes disse:

“Curai enfermos, ressuscitai mortos, purificai leprosos, expeli demônios;
de graça recebestes, de graça daí”. (Mateus 10:8)

O segundo passo tomado pelo apóstolo Pedro, foi o “estender a mão”. Estender a destra, mão direita, para a comunhão com as pessoas é o mais importante. Não basta apenas evangelizarmos, ou pregarmos a Palavra de Deus e deixar as pessoas sozinhas, desamparadas, jogadas a mercê do mundo. O acompanhar é preciso. Pedro já estava acostumado a fazer isso. Veja o relato do apóstolo Paulo, em Gálatas:

“e, quando conheceram a graça que me foi dada, Tiago, Cefas e João, que eram reputados colunas, me estenderam, a mim e a Barnabé, a destra de comunhão, a fim de que nós fôssemos para os gentios, e eles, para a circuncisão”. (Gálatas 2:9)

Permanecer em comunhão, acompanhar, discipular, ensinar é fundamental no processo de conversão das pessoas. Pedro operou o milagre, restituiu a saúde daquele aleijado, mas sabia que era necessário muito mais do que aquilo: aquele homem precisava ser salvo em Cristo Jesus. Maior do que a cura física é a cura espiritual. Naquela hora aquele aleijado descobriu que o problema dele estava muito além de uma doença física, seu problema era espiritual. Ele achou ali, naqueles homens, a resposta para muitas de seus questionamentos. Talvez ele visse centenas de pessoas entrando e saindo do templo todos os dias, e não via nada de diferente nessas pessoas, mas em Pedro e João ele pode ver algo. Eles operaram um milagre, gratuito e instantaneamente.
Após isso, aconteceu o inevitável: aquele homem os seguiu para dentro do templo, louvando e glorificando o Nome do Senhor, saltando de alegria. Quando procedemos da maneira correta, seguindo a orientação do Espírito Santo, a resposta é as pessoas que você evangeliza nas ruas, ou em outros lugares fora da igreja, virem à igreja. Quando alguém encontra um tesouro escondido em um campo, vai e vende tudo o que tem pra comprar aquele campo. Se você levar até alguém algo realmente importante pra sua vida, essa pessoa vai largar tudo e seguir ao Senhor.
E, finalmente, o povo que estava dentro do templo, pode reconhecer aquele homem, como sendo realmente o aleijado que ficava sentado na porta Formosa, do templo, e se admiração e assombro pelo que acontecera. Muitas vidas estão assim hoje, vivem nas igrejas e quando acontece um milagre de Deus na vida de alguém, se espantam pelo que aconteceu, como que não crendo no poder e eficácia do Senhor. Ficam anos nas igrejas, mas não recebem nada porque não possuem a fé que aquele homem aleijado possuiu. Daí quando percebem que ali onde estão não vai acontecer nada, mudam de igreja, e assim sucessivamente, criando um verdadeiro carrossel de “crentes flutuantes”.
Amados, temos que operar as maravilhas do Senhor, mas a começar em nossas vidas. Precisamos CRER que os sinais acontecerão, como em Marcos 16 está escrito:

“Estes sinais hão de acompanhar aqueles que crêem: em meu nome, expelirão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e, se alguma coisa mortífera beberem, não lhes fará mal; se impuserem as mãos sobre enfermos, eles ficarão curados”. (Marcos 16: 17-18)

Após a operação do Poder de Deus, devemos acompanhar, estender nossas mãos àqueles que realmente estão precisando, ensiná-los o caminhar na fé cristã. Assim muitas vidas serão ganhas e as igrejas serão povoadas de discípulos de Jesus, não de simples crentes. (cf. Mt. 28:19)

Aproveite e leia a diferença entre você ser um crente e um discípulo e decida o que quer ser.

O crente espera pães e peixes, o discípulo é um pescador...
O crente espera por crescer, o discípulo luta por reproduzir-se...
O crente se ganha, o discípulo se faz...
O crente gosta de afago, o discípulo gosta do serviço e do sacrifício...
O crente entrega parte dos seus desejos, o discípulo entrega sua vida...
O crente espera que lhe aprontem a tarefa, o discípulo é solicito em tomar a responsabilidade...
O crente quase sempre murmura e reclama, o discípulo obedece e nega a si mesmo...
O crente reclama que o visitem, o discípulo visita...
O crente vale porque soma, o discípulo vale porque multiplica...
O crente sonha com a igreja ideal, o discípulo se entrega para fazer a igreja ideal...
O crente diz: Que bonito! , o discípulo diz: Eis-me aqui!
O crente espera por um avivamento, o discípulo faz parte do avivamento...
O crente é condicionado pelas circunstâncias, o discípulo se aproveita para exercitar a fé...
O crente é valioso, o discípulo é indispensável...


Autor Desconhecido

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