Já dizia o profeta Isaias que nossa justiça é como trapo da imundícia (Isaias 64:6). Entendamos o porquê: Trapo da imundícia é como era chamado os panos que as mulheres da época usavam para conter o fluxo menstrual. Pode, hoje, isso não parecer muita coisa, mas na época era uma ocasião de vergonha e horror. A mulher menstruada era considerada imunda e sobre ela recaiam sérias privações como não freqüentar lugares públicos e nem mesmo rezar. O simples toque de uma mulher neste estado, tornava tudo o que fosse tocado imundo também. Imagine, agora, o valor que teria naquela época o tal trapo da imundícia. É exatamente isso o quanto vale nossa justiça.
O problema é que nosso senso de justiça está baseado no que consideramos certo para nos favorecer, ou naquilo que um dia já nos desfavoreceu. Isto é, ou lutamos por justiça porque nessa causa teremos algum benefício, ou se lutamos por alguma causa sem perspectiva de ganho é porque já tivemos uma perda similar da qual o sentimento de remorso nos constrange a agirmos de forma compulsória. Em termos práticos, só lutamos contra a violência depois de sermos vítimas dela. Só nos mobilizamos em prol do meio ambiente quando nos apercebemos de que nós mesmos estamos sendo destruídos. Ou seja, nossa justiça não tem propósito de favorecer a ninguém mais senão a nós mesmos.
É por essa razão que sempre estamos correndo atrás do prejuízo. Já é hora de mudar isso. Nosso senso de justiça deve ser ampliando à estatura de Cristo, que veio a fim de favorecer o próximo, antes mesmo que o próximo desse por conta de seu erro.
FONTE: JULIO ZAMPARETTI FERNANDES
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