Clima de negociação com Irã é “completamente diferente”

  Por Redação, com Reuters - de Istambul

A atmosfera na sessão de abertura das negociações nucleares entre seis potências mundiais e o Irã, neste sábado, foi “completamente diferente” da de reuniões anteriores, afirmou um diplomata, descrevendo-a como “uma boa manhã”.

O diplomata, que falou sobre a primeira reunião entre o Irã e as potências mundiais em 15 meses durante a pausa para o almoço, disse que o negociador nuclear iraniano, Saeed Jalili, não tinha declarado o tipo de pré-condições que ele havia feito na última reunião, no início de 2011, quando o dois lados não chegaram a um acordo até mesmo sobre a agenda.

- Ele parece ter vindo com o objetivo de entrar em um processo que é sério, que é sobre o que queremos falar - disse o enviado, que falou sob condição de anonimato – Eu diria que foi uma manhã de trabalho produtivo.
O diplomata insinuou que o lado iraniano havia sinalizado uma prontidão para assumir um compromisso sério na discussão sobre seu programa nuclear e que isso poderia abrir caminho para uma segunda reunião.

Diplomatas ocidentais e autoridades haviam dito na fase de preparação para a reunião em Istambul que esperavam progresso suficiente para poder marcar uma nova rodada de negociações, talvez em Bagdá, no próximo mês.

Mas o diplomata advertiu: “Nós poderíamos retroceder nesta tarde.” Ele disse que não espera que negociações sérias aconteçam já durante as conversações de sábado, por exemplo, sobre a exigência do Ocidente de que o Irã interrompa o enriquecimento de urânio.

Mas o diplomata acrescentou que o país persa havia indicado “abertura em todas essas questões”, em contraste com a vez passada, quando o Irã se recusou a falar sobre seu programa nuclear, o qual afirma ser pacífico, mas que o Ocidente suspeita ter ligações militares.

- Não é apenas a atmosfera que está completamente diferente do que era anteriormente, mas o mais importante é que ele (Jalili) não veio com as mesmas pré-condições e o que poderíamos considerar como os obstáculos que vimos anteriormente - disse o diplomata.


FONTE : CORREIO DO BRASIL

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