domingo, 7 de outubro de 2012

SER CONTEMPORÂNEO SEM SE COMPROMETER


 Qualquer pessoa que leva a sério o envolvimento no ministério e não fica só na teoria deve estar disposto a enfrentar a tensão que o teólogo Bruce e Shelley chama de “mãos cheias”. Em uma mão temos a responsabilidade de permanecermos fiéis à Palavra de Deus. Na outra, temos a responsabilidade de ministrar para um mundo em constante transformação. Embora, muitos cristãos não se dispõem a viver com esse tipo de pressão e se isolam em um dos dois extremos.
Algumas igrejas, por temerem infecções mundanas, isolam-se da cultura do mundo atual. Ainda que a maioria das igrejas não se isole tanto quanto os menonitas conservadores dos Estados Unidos, que se recusam até a andar de carro, muitas igrejas acham que os anos 50 foram a era dourada e estão determinadas a manter suas congregações naquela época. O que eu admiro nos menonitas é que pelo menos eles são honestos. Eles admitem abertamente que escolheram preservar o estilo de vida do século 19. Por outro lado, as igrejas que tentaram perpetuar a cultura dos anos 50 negam que o fazem, ou tentam provar com alguns versículos que estão fazendo o que era feito na igreja neotestamentária.
Existem também aqueles que, com medo de estar fora de moda, infantilmente imitam as últimas novidades e tendências. Na sua tentativa de se aproximar da cultura atual, comprometem a mensagem e perdem o sentido de separados.
Há uma maneira de ministrar em nossa cultura sem comprometermos nossas convicções? Creio que sim, Jesus nunca rebaixou os Seus padrões, mas sempre começou de onde estava. Ele era contemporâneo sem comprometer a Verdade. O Senhor Jesus atraiu multidões e nunca comprometeu a Verdade. Ninguém o acusou de pregar uma mensagem “água com açúcar”, exceto os zelosos sacerdotes que o criticavam por inveja, (Mc 15.12). Francamente, suspeito que esta mesma inveja ministerial ainda motive alguns líderes.
Os costumes e hábitos humanos mudam conforme a época, e nós também mudamos e a nossa cultura também muda com o passar dos anos e esta mudança sendo sadia não vai comprometer a nossa salvação. Podemos ensinar a Palavra do Senhor com a nova tecnologia e nova cultura sem mudar a parte doutrinária da Sua Palavra. Mudança significa sinal de crescimento espiritual e não de mundanismo. Ser mundano é concordar com o pecado, ou seja, esconder o pecado como fez Acã. Mas mudar a cultura não compromete a sã doutrina bíblica.
Concluímos, então, que o verdadeiro ministro deve ensinar com brilho e sem comprometer o evangelho de Cristo. Deve ter uma postura doutrinaria, sem radicalizar para não perder a graça de Deus e sem abrir as portas para o mundo, para que os crentes fracos venham dar ocasião à carne.
Pr. Elias Ribas
Igreja Evangélica Assembléia de Deus
Blumenau – SC


VIA CRUZADA DESPERTAR 
COMPATILHANDO SEMPRE O QUE É PROVEITOSO PARA CRESCIMENTO 

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