domingo, 11 de dezembro de 2011

REMOVA AS MONTANHAS

              REMOVA AS MONTANHAS








MARCOS 11-20-24

No dia seguinte à sua entrada triunfal em Jerusalém, Cristo, ao sair da cidade de Betânia com seus discípulos, avistou ao longe uma figueira com a folhagem indicando que deveria haver ali frutos maduros - apesar de não ser ainda a época de figos (leia Marcos 11:12-14). Ao cercar-se, todavia, daquela figueira, Jesus constata que não havia fruto algum, e imediatamente amaldiçoou a árvore: “Nunca mais coma alguém fruto de ti!” Os discípulos não podiam imaginar que aquele ato autoritário de Jesus seria, muito em breve, o cerne de uma lição sobre a necessidade de tomar decisões corajosas, numa ação direta contra obstáculos espirituais levados pelo inimigo.

Na manhã seguinte, Jesus lhes apresenta esta lição, os discípulos, liderados por Jesus, novamente passam pela figueira e notam assustados, que está totalmente seca, desde a raiz. Pedro, prontamente, comenta o fato com Jesus, lembrando-lhe ser esta a figueira amaldiçoada no dia anterior. E o Mestre responde em seguida: “Tende fé em Deus porque em verdade vos digo que qualquer que disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar em seu coração, mas crer que se fará aquilo que diz, tudo o que disser lhe será feito”.

Jesus Cristo lhe ensinou, que em determinadas situações, os discípulos precisariam agir autoritariamente, em assuntos espirituais, desde que o fizessem firmados numa fé inabalável.

Em outra ocasião, antece-dendo a sua última batalha espiritual no Getsêmani, Jesus diria a seus discípulos: "E tudo quanto pedirdes em meu nome eu o farei”, o que implicava que Ele interviria diretamente em favor deles, contra o inimigo, em oração (João 14:13,14). Com estas palavras Jesus estendia a seus discípulos o poder de advogar.

O sentido mais completo da palavra grega “AITEO”, traduzida simplesmente por "pedir", mas que significa também "reivindicar", "demandar", "requerer", indica que eles deveriam exercer uma ação direta, autoritária, empregando o poder do Seu nome. Pedro e João (Atos 3:1-6), ao chegarem à porta Formosa, logo avistaram um homem coxo que, apesar de ter mais de 40 anos de idade, nunca havia dado um passo sequer. Sobrevivendo de esmolar dia após dia, o coxo estendeu a mão aos dois discípulos, esperando receber alguma esmola. Pedro, todavia emprega o nome de Jesus e comanda diretamente ao homem: "Em nome de Jesus, levanta-te e anda".

É significativo o fato de que Pedro, nesta ocasião, não orou pedindo coisa alguma ao Senhor. Ele tão somente reconheceu ser esta uma ocasião em que se aplicaria o que Jesus lhe afirmava - e que poderia reivindicar qualquer coisa em Seu nome e que seria feito!

No incidente da porta Formosa, a enfermidade daquele homem era a "montanha" que tinha que ser comandada a erguer-se e lançar-se no mar. E porque Jesus não havia dito "peça a Deus para remover a montanha" e sim "diga ao monte...", Pedro sentiu-se na autoridade de assim proceder - uma ação que provou ser correta pelo milagre que se seguiu.

O fato de Jesus usar a analogia de "remover montanhas", no caso de exercitar autoridade espiritual, é também de especial significado, pois no Velho Testamento as montanhas eram muitas vezes cidadelas de culto satânico. O caso de Ezequiel (35:1-4) é um exemplo. O Senhor disse a Ezequiel: "dirige o teu rosto contra o monte Seir" e para profetizar contra as montanhas e os lugares altos (36:1-3). Miquéias (6:1,2) também foi instruído: "contende com os montes". Outros exemplos no Velho Testamento falam do uso de autoridade espiritual em situações específicas: Moisés foi comandado por Deus: "levanta a tua vara (símbolo de poder em oração) e estende a tua mão sobre o mar..." (Êxodo 14:13-18); e quando Josué mandou o sol parar (Josué 10:12-14). Adiante Deus diz a Ezequiel "profetiza sobre estes ossos" e "profetiza ao espírito..." (Ezequiel 37:4-9).

Além da passagem de Marcos 11:22-24, outras promessas referentes ao exercício de autoridade espiritual são encontradas nas páginas do Novo Testamento. Por exemplo, quando Jesus diz a Pedro "eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo quanto ligares na terra será ligado nos céus, e tudo quanto desligares na terra, será desligado nos céus". Que Pedro e os demais discípulos entenderam que deveriam exercer autoridade em determinadas situações é evidenciado na maneira com que eles aplicaram esta autoridade. Vejamos o caso de Pedro que, após ajoelhar-se diante de Deus, ao enfrentar o problema da morte de Dorcas, dá um comando direto para aquele corpo, dizendo: "Levanta-te" (Atos 9:36-42). Creio que ao orar antes deste ato, Pedro reivindicou a fé que ele sabia que precisaria para testificar a vitória nesta situação que, de outra forma, seria algo totalmente sem esperança.

Consideremos ainda a experiência de Paulo, em Listra, quando ordenou a um homem "levanta-te direito sobre os pés" (Atos 14:10). Aqui o apóstolo não parou para orar, talvez por perceber que o homem tinha a fé necessária para aquela cura (v9). Uma ação autoritária direta foi tudo que ele precisou para liberar a vitória!

Fonte: Cruzada Mundial de Literatura.
 
Hoje Na Assembléia de Deus Campo de Campinas/Goiás _ Grande Culto de Missões.

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