domingo, 4 de dezembro de 2011

Plagiando a autoria da vida

Plagiando a autoria da vida








Certa vez eu estava na parada e vi duas crianças, uma estava com um saco cheio de doces na mão e a outra olhava aparentemente pedindo os doces com os olhos, mas sem falar nada. A mãe da menina que estava com os doces disse então para ela dar um deles a outra garotinha. A menina olhou para o saco de balas, olhou novamente e disse que não daria nenhuma, pois a professora havia dito que aqueles confeitos eram para ela.

Enquanto isso a outra criança estava com cara de choro e a mão estendida. Como eu estava de passagem, para mim a cena terminou com um “eu não dou, pois os doces são meus” e com uma mãe batendo em sua filha na rua.

Ver esse episódio me fez pensar. Quantas vezes nós não tomamos posse para nós daquilo que por essência não é nosso. Pensamos, “meu dinheiro, minha casa, meu amor, minha vida”, tendemos a seguir rumo à auto-suficiência, plagiando a autoria do Criador e querendo crer que somos realmente capazes de controlar tudo o que esta ao nosso redor.

“Isso eu resolvo”; “não se meta na MINHA vida”, são frases comuns que certamente em algum momento você já escutou. Com essas idéias nós vamos criando uma espécie de isolamento entre nós e o outro e pior, entre nós e Deus. Tendemos a buscar viver em uma espécie de bolha, na qual nossas atitudes, problemas e decisões pertencem apenas a nós mesmos. Cremos que só nós nos conhecemos o suficiente para que possamos nos compreender. Assim vamos criando meios de nos defendermos de nós mesmos e dos outros, buscando lidar da melhor forma com aquilo que existe em nosso interior e que não conseguimos domar muito bem.

Se você acha que se conhece o suficiente e que só você e apenas você tem as respostas para a sua vida, veja o que diz o salmista: “Senhor, eu sei que tu me sondas, sei também que me conheces”... “Se no abismo esta minha alma, sei que ali também te encontro” (Salmo 139). Olhe também o que Cristo diz a esse respeito: “Quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; mas quem perder a sua vida por amor a mim, achá-la-á” (Mateus 16-25)

Somos seres que buscam a auto-suficiência, mas que ao deitar com a cabeça em nossos travesseiros sentimos o peso e o vazio de uma existência que não reconhece o valor da entrega a Deus.

Que nós busquemos, assim como Paulo, afirmar com veemência:

“Já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus.” (Gálatas 2:20)



Maihana Maíra Cruz Dantas
maihana_cruz@yahoo.com.br
Comunidade de Cristo
Rio Grande do Norte

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